AMOSTRAGEM, PRESERVAÇÃO E TRANSPORTE DAS AMOSTRAS DE ALIMENTOS, MATÉRIAS-PRIMAS E ALIMENTAÇÃO ANIMAL

BAIXE O FORMULÁRIO

ATENÇÃO

No caso da amostragem ser realizada pelo laboratório, o técnico deve usar sempre, touca, luvas, máscara e bata ou jaleco.


  1. 1. Amostragem

  2. 1.1 Amostragem acondicionada em embalagens individuais:
    • Amostre no mínimo 05 unidades de amostra e encaminhe ao laboratório, na embalagem original, fechada e intacta;
    • Caso a embalagem do produto contenha quantidade de alimento menor que 02 vezes o peso ou o volume requerido para compor a unidade analítica, amostre várias embalagens individuais até compor uma unidade de amostra.
    • No momento do ensaio, junte o conteúdo das várias embalagens unitárias em um saco estéril homogeneíze e retire a unidade analítica.
    • Caso o produto não permita mistura, retire de cada embalagem unitária, porções de peso aproximadamente igual para compor a unidade analítica da amostra.

  3. 1.2 Amostras acondicionadas em embalagens não individuais (tanques ou embalagens grandes):
    • Transfira porções representativas do lote, para sacos estéreis sob condições assépticas.
    • Os sacos estéreis devem ser apropriados para uso em alimentos;
  4. OBSERVAÇÃO: Uma unidade de amostra deve conter no mínimo 3 a 4 vezes a unidade analítica (usualmente 200g para sólidos ou 200mL / 500mL para líquidos são suficientes para a maioria das amostra).
    • Encha os frascos ou sacos de coleta estéreis até ¾ de sua capacidade máxima para permitir maior homogeneização;
    • Esterilize os materiais para coleta (frascos, pinça, tesoura, etc) em autoclave à 121ºC / 30 minutos ou estufa à 170ºC / 2 horas;
    • Após o ensaio, todo material utilizado na coleta, deve ser descartado conforme descrito no POP TC 009;

  5. 1.3 Amostragem representativa de um lote para alimentação animal. Proceda conforme descrito no (anexo16) do POPTC 015.

  6. 2. Procedimento para amostragem
    • Misture, quando possível toda a massa do alimento;
    • Alimentos moídos ou em pó: misturar bem;
    • Blocos de alimento congelados: coloque em sacos estéreis e quebre com martelo estéril, para obter pedaços menores;
    • Amostras transportadas em caminhão tanque: flambe a torneira com álcool à 70% e deixe escoar certa quantidade para lavar a tubulação;
    • Recolha a amostra com paradas periódicas para promover a homogeneização da massa global da amostra;
    • Quando não for possível misturar o alimento componha a unidade da amostra retirando porções de alimentos partes do seu conteúdo;
    • Amostras armazenadas em grandes sacos de silos;
    • Utilize amostradores estéreis, com comprimento suficiente para atingir o centro da massa do alimento;
    • Utilize para cada alimento um amostrador diferente;
    • No caso de grandes blocos congelados: utilize furadeira com broca previamente esterilizada, combinada com um funil estéril;
    • Insira a broca no funil estéril e tocar com a broca no ponto que se deseja cortar;
    • Ligue a furadeira, aguardar pedaços triturados subirem para parte superior do funil e transfira para um frasco de coleta;
    • Ver item Preservação e Transporte;
    • Identifique cada unidade de amostragem;
  7. OBSERVAÇÃO: Não utilize marcadores tipo piloto, a identificação deve ser feita com fita adesiva.

  8. 3. Amostragem de alimento envolvido em casos de doença de origem alimentar
    • Coletar amostra e analisar o mais rápido possível;
  9. OBSERVAÇÃO: Caso não haja sobras do alimento suspeito, tentar uma das alternativas abaixo:OBSERVAÇÃO: Caso não haja sobras do alimento suspeito, tentar uma das alternativas abaixo:
    • 1. Colete vasilhames onde as refeições suspeitas encontravam-se acondicionadas;
    • 2. Colete amostra do lote de ingredientes e matéria-prima utilizados no processo;
    • 3. Colete a água utilizada no preparo dos alimentos;
    • 4. Encaminhe o pessoal envolvido anamese.
  10. INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A AMOSTRA:
    • Tipo de amostra e processo utilizado na sua fabricação;
    • Fabricante / data de fabricação / código do lote;
    • Data, hora e local da coleta;
    • Motivo da análise (Controle Fiscal, Registro de produto, Suspeita de surto e etc).

  11. 4. Amostragem representativa de alimentação animal
  12. Serão coletados diariamente 02 Pool de cada linha de produção referente ao dia anterior em duplicata, perfazendo um total de 04 amostras por dia.
  13. OBSERVAÇÕES:
  14. 1) Esta amostragem é realizada baseando-se nos critérios exigidos pelo cliente, tanto para o tamanho do lote a ser diariamente amostrado, como também para a quantidade em peso da Unidade Analítica a ser usada nos Ensaios Microbiológicos.
    • Tamanho do lote diário amostrado: 30 sacos. No caso de ter sido segregado uma quantidade diferente de 30 sacos, colete “todos”.
    • Quantidade a ser pesada para compor a Unidade Analítica: 375g.
  15. 2) É de responsabilidade do cliente segregar os sacos de alimentação animal diariamente produzidos e acondicioná-los em “Pallets”, em local apropriado para realização da amostragem, levando em consideração o lote, tipo de produto e linhas de produção.
  16. I)Organização dos sacos para compor a unidade de amostra:
  17. O cliente deverá separar os sacos procedentes das linhas de produção em pallets;
    • A partir dos sacos segregados pelo cliente, organize os mesmos separadamente por tipo de produto e pela numeração do lote para ambas as linhas de produção;
    • Registre os dados das amostras no Anexo 2A:
    • Referência dos produtos;
    • Números dos lotes que irão compor a amostra;
    • Horário da produção;
    • Data de fabricação;
    • Prazo de validade do produto;
    • Número de sacos segregados por lote e por horário.
  18. II) Quantidade a ser retirada de cada saco para compor a unidade de amostra:
    • Partindo dos sacos de cada linha de produção:
    • Higienize os sacos com algodão esterilizado embebido em álcool a 70ºGL;
    • Abra os sacos em formato de janela, com auxílio de um utensílio cortante esterilizado (tesoura, faca, ou estilete);
    • Retire de cada saco aproximadamente 25g de amostra, de modo que se tenha no final 375g para cada unidade analítica, obtida a partir dos 30 sacos. Faça este procedimento em duplicidade de modo a se ter 02 Pool de cada linha de produção e conseqüentemente 04 Pool de Produto por dia conforme descrição do exemplo abaixo:
      Linha 1 – Pool 01 e Pool 02
      Linha 2 – Pool 01 e Pool 02
    • Feche os sacos onde foram colocadas as unidades analíticas e identifique cada uma delas com as referências citadas acima.
      ATENÇÃO: Não triture a amostra para fazer o ensaio (recomendação feita pelo cliente para não romper as moléculas do microorganismo pesquisado caso este esteja presente).

  19. 5. Transporte e Preservação
    • Transporte e estoque as amostras de alimento da mesma forma como o produto é armazenado na sua comercialização, assim:
    • Alimentos acondicionados em embalagens estéreis: transporte a temperatura ambiente. Evite exposição da embalagem a temperaturas acima 45ºC;
    • Latas estufadas: transporte e mantenha sob refrigeração, analise o mais rápido possível. Caso a análise das latas estufadas destine-se a detecção de microorganismos termófilos, a refrigeração é contra indicada (Microorganismos termófilos morrem sob ação do frio).
    • Alimentos com baixa umidade: transporte e estoque a temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
    • Alimentos perecíveis comercializados sob refrigeração transporte e estoque sob refrigeração até o momento da análise. O tempo de espera até o início da análise não deve ser superior a 36 horas;
    • A temperatura de refrigeração deverá ser controlada durante o transporte utilizando um termômetro calibrado, mantendo a temperatura entre 0 e 4ºC;
    • Dependendo do tipo de produto e microorganismo a ser pesquisado, as amostras poderão ser congeladas (na impossibilidade da realização de se proceder o ensaio no intervalo preconizado);
    • Alimentos desidratados, secos ou concentrados: transporte e estoque a temperatura ambiente, devendo ser protegidos contra umidade;
    • Amostras que não podem ser congelados: ostras, mexilhões, mariscos, pratos prontos para o consumo, etc. Comercializados sob a forma refrigerada: não congelar. Analise no máximo 6 horas após coleta. Casos extras até 24 horas no máximo, a partir do momento da coleta.
    • Amostras destinadas a pesquisa de Víbrio sp, Clostridium sp e bactérias lácteas: não congele. O congelamento promove a injúria destes microorganismos.
    • Alimentos perecíveis comercializados na forma congelada: transporte e mantenha sob congelamento até o momento da análise. Estes alimentos não podem sofrer descongelamento total ou parcial durante o transporte.
    • A temperatura ou estocagem, sob congelamento deve ser feita a -7ºC a -20ºC.
    • Informações importantes sobre o transporte: o transporte refrigerado das amostras perecíveis resfriadas ou congeladas, podem ser feitos em caixas de isopor com gelo. O gelo deve ficar acondicionado em bolsas para impedir o contato direto com a amostra. Caso o tempo de transporte seja prolongado, utilizar gelo seco.
      OBSERVAÇÃO: Para evitar absorção dos gases de CO2 pela embalagem original, use uma embalagem secundária envolvendo o material a ser analisado.
    • Não colocar o gelo seco para o transporte de amostra que não possa ser congelada, o CO2 utilizado geralmente pode congelar as amostras (dependendo da quantidade).
      CUIDADO! O gelo seco em contato com a pele pode causar queimaduras, semelhante do fogo.
    • Alimentos prontos para o consumo, amostragem em temperatura, próximo a 70ºC, devem ser resfriadas logo após a amostragem em banho de gelo, conforme descrito no item 5.1.
    • Amostras congeladas perecíveis antes do ensaio devem ser descongeladas de 0 – 4ºC por no máximo 36 horas

  20. 5.1 Resfriamento rápido das amostras
    • • Coloque numa caixa térmica sacos contendo gelo em cubos, álcool e sal;
      • Acondicione na caixa com gelo as amostras juntamente com o Branco de Temperatura;
      • Verifique a Temperatura do Branco até alcançar 4ºC;
    • ATENÇÃO: Cuidado para não congelar as amostras
      • • Neste momento coloque imediatamente as amostras já refrigeradas na caixa térmica de transporte contendo baterias de gelo juntamente com o respectivo Branco de Temperatura
      • NOTA: Use um Branco de Temperatura para cada caixa térmica de transporte de amostras

  21. 6.Retirada das amostras para o AGQ da amostragem

  22. 6.1 Branco de Temperatura
    • • Ao coletar amostras líquidas, recolher uma adicional para o “Branco de Temperatura”;
      • Este Branco é utilizado para verificação da temperatura das amostras desde a amostragem até o laboratório as quais devem ser mantidas entre 0 a 4ºC;
      • Medir a Temperatura do Branco de Temperatura de acordo com o Anexo 99 do POP TC 003 e registrar no Anexo 27 do POP TC 003.
    • OBSERVAÇÃO: Em caso de longas distâncias entre o local da amostragem e o laboratório, fazer medições intermediárias durante o percurso.

  23. 6.2 Replicata de amostra:
    • • Retire da mesma amostra de alimento e ao mesmo tempo, uma amostra adicional (replicata);
      • Realize mensalmente uma amostragem de replicata para todos os ensaios do escopo de acreditação.